Investir é uma jornada
Livro trás vários ensinamentos sobre como investir no longo prazo em ações e fundos imobiliários, trás histórias e cases reais, explica como ganhar dinheiro com dividendos e como se comportar em tempos de crise!
Trechos do Livro:
"Foco no dividendo e nas empresas, olhe menos para o patrimônio" – eles diziam.
“Eu falhei em algumas provas. Meu colega passou em todas. Hoje ele é engenheiro da Microsoft, e eu o dono.”
"Eu não falhei com a escola, foi a escola que falhou comigo."
Já fiz minha escolha há mais de dez anos: montar um portfólio de ativos geradores de renda passiva, aportando todos meses e reinvestindo os dividendos.
Pare de pensar que você precisa ser rico ou um gênio pra investir. Ter disciplina, paciência e uma fonte de renda (ainda que pequena) é o suficiente para você chegar onde talvez jamais tenha sonhado.
“Cada real economizado e bem investido é um servo que trabalhará para você por toda sua vida.” - Algamish (personagem criado por George S. Clason)
Invista até que o trabalho se torne uma opção e não mais uma obrigação. Essa é parte da minha filosofia.
Além disso, é sempre bom lembrar que as empresas tendem a crescer seus resultados. Então, o Yield on Cost (relação do dividendo pago pela ação sobre o preço médio do investidor) vai crescendo de forma recorrente.
Para ela voltar a ter aquele Yield de 6%, a cotação iria para R$ 16,60. Uma bela valorização. A renda fixa, para mim, continua sendo o que sempre foi: um local para estacionar os recursos quando não existem oportunidades ou para reserva de emergência.
“Não é o seu salário que o enriquece, mas sim os seus hábitos de consumo.” – Charles A. Jaffe
Nem 8, nem 80 “Eu quero ser rico, então não posso perder tempo vendo séries, jogando videogame ou fazendo coisas que eu gosto.” Errado. Você deve fazer as coisas que você gosta e tirar sempre um tempo para o lazer. A diferença é que você não fará apenas isso. O equilíbrio é fundamental. Investir com regularidade não significa abrir mão de tudo. Pelo contrário. Se você abandonar coisas que você gosta de fazer, para ficar 100% focado nos investimentos, só tornará tudo mais penoso.
Não é “investir OU viver” - é “investir E viver” Você deve economizar apenas uma parcela da sua renda, cortar uma despesa ou outra coisa, e não tudo. Invista, mas não deixe de fazer o que você gosta, ter despesas com lazer e cultura. Ser radical não dá. Uma coisa não anula a outra. É óbvio que, às vezes, pode ser necessário cortar ou reduzir alguns gastos menos essenciais e alguns itens supérfluos. No entanto, em geral, investir não deve lhe impedir de fazer o que gosta. Reservar um valor para os investimentos e outro para o lazer é fundamental.
Para mim, investir já nem é mais opção, é obrigação. Queria não precisar fazer tal afirmação, pois, para mim, o sistema de previdência pública deveria dar vida boa para todos seus contribuintes. Porém, não é o que ocorre. Aliás, no contexto atual, é possível que os contribuintes nem mesmo recebam algo na aposentadoria, caso o sistema venha a desmoronar de vez.
Enriquecer lentamente é algo que muita gente não quer, mas geralmente é o caminho mais seguro e sólido para você chegar lá. Querer enriquecer rápido na Bolsa é o caminho mais rápido para o fracasso.
Não faça da sua situação atual ou origem uma barreira, e sim um propulsor para você atingir seus objetivos.
Quem não poupa – mesmo que bem pouco – ganhando R$ 1,5 mil ou R$ 2 mil por mês, dificilmente poupará ganhando R$ 10 mil. É questão de hábito, mentalidade e disciplina – e não de dinheiro.
Bons resultados apurados não representam certeza de retornos futuros “Se a história passada fosse tudo o que importa no jogo, as pessoas mais ricas seriam os bibliotecários.” – Warren Buffett
Por isso, diversificar os aportes em empresas e fundos imobiliários diferentes, de setores diferentes, é fundamental.
Você tem mais de uma fonte de renda? Se ainda não tem, pense: o que você faria se perdesse o emprego hoje?
Onde investir para a aposentadoria? Hipoteticamente, considere fazer contribuições mensais de R$ 109,78 (valor referencial de recolhimento para o INSS, equivalente a 11% do salário mínimo oficial de 2020) durante 35 anos de investimentos. Tome por base os valores de abril de 2020, com moeda constante. Nesta simulação, adotaremos uma rentabilidade real média de 9% ao ano, com um Yield de 7%. Quais seriam os resultados comparados entre a previdência social e uma carteira de ações e FIIs? Previdência social: total investido: R$ 46.107,60. Patrimônio acumulado: zero. Renda mensal: R$ 998,00. Carteira de ações e FIIs: R$ 46.107,60. Patrimônio acumulado: R$ 295.042,00. Renda mensal: R$ 1.721,07.
Conhecer para investir “Nunca invista em um negócio que você não entende.” – Warren Buffett Essa é uma das frases mais sábias relacionadas a investimentos que já li. Ela só poderia ser de Warren Buffett, que considero o maior investidor da história.
“Essa é uma das chaves para o investimento bem-sucedido: foco nas empresas e não nas ações.” Peter Lynch
Apesar de ser um nome estranho, sobretudo para quem está iniciando na Bolsa, o Dividend Yield é um indicador fácil de assimilar. Ele basicamente demonstra a relação, em termos percentuais, entre os dividendos pagos por ação nos últimos doze meses e a atual cotação da empresa.
O Shareholders Yield é um dos indicadores mais importantes numa análise Muitos investidores acabam atentando demais para o Dividend Yield e para os dividendos efetivamente pagos e acabam ignorando outros pontos fundamentais, como recompras de ações e o pagamento de dívidas. Tanto a recompra de ações quanto o pagamento de dívidas geram benefícios ao investidor, com aumento do LPA (lucro por ação) e melhora do fluxo de caixa. São estes dados que o Shareholders Yield apresenta nas entrelinhas dos relatórios e balanços públicos das empresas.
Tudo passa “Quando você vende no desespero, você sempre vende barato.” – Peter Lynch
Jamais venda ações no desespero. Você certamente fará negócios muito ruins e estará arrependido.
"Seja ganancioso quando os outros estão com medo, e tenha medo quando os outros estão gananciosos."
- Desenvolva suas habilidades de falar em público.
- Leia o livro favorito de Buffett: “O Investidor Inteligente”.
- Vender quando os outros são gananciosos e comprar quando os outros estão com medo.
- Buffett sempre acreditou que você pode se tornar uma "extensão" de quem você admira e gostaria de se tornar.
- Escolha sempre a visão otimista.
- Faça o que ama.
“Meu pai pobre sempre me dizia que investir é arriscado. Meu pai rico dizia que não ter educação financeira é que é arriscado.” – Robert Kiyosaki
“A melhor época para plantar uma árvore foi 20 anos atrás. A segunda melhor é agora.” – Provérbio chinês
__Glossário __ Os principais termos e siglas adotados no vocabulário do mercado financeiro no Brasil
Ação ordinária (ON): ação que permite ao acionista participar das assembleias das empresas com capital aberto e votar nos temas propostos.
Ação preferencial (PN): ação sem direito a voto por parte do acionista, que, no entanto, tem a garantia de receber os dividendos estatutários ou outro benefício de acordo com a Lei das S/A ou com o estatuto da companhia.
Análise fundamentalista: forma de investir no mercado de ações que prioriza o retorno de longo prazo, proveniente dos lucros da atividade empresarial.
Análise gráfica: método para analisar o comportamento das ações no mercado tentando antecipar tendências por meio de movimentos identificados em gráficos que expressam a evolução das cotações.
Análise técnica: vide “Análise gráfica”. Ativos: todos os bens pertencentes a uma empresa, incluindo aplicações financeiras, imóveis, máquinas e equipamentos, veículos, participações em outras empresas e reservas de valor.
Balanço patrimonial: documento contábil que aponta tanto os bens como as dívidas de uma empresa, compreendidos como seus ativos e passivos.
BDR: sigla em inglês para “Brazilian Depositary Receipts”. São classes de valores mobiliários negociados no mercado brasileiro com lastros oriundos de ações estrangeiras. Investir em BDRs é uma forma de diversificar investimentos sem abrir contas em corretoras de outros países.
Blue-chips: expressão oriunda dos cassinos, onde as fichas azuis possuem maior valor. Nas Bolsas, equivalem às ações com maior volume de transações.
Bonificação: evento puramente contábil, no qual as empresas distribuem novas ações sem custo para os acionistas, conforme as quantidades de ações que eles já possuem. A cotação é ajustada na proporção inversa.
Cap Rate: abreviatura de “Capitalization Rate” (Taxa de Capitalização). É o retorno anualizado atribuído no momento da compra de um ativo imobiliário. Esta taxa é calculada multiplicando o aluguel pago por 12. Na sequência, divide-se pelo valor pago pela propriedade. Para se chegar à taxa final, multiplica-se por 100.
Capex: sigla da expressão inglesa “Capital Expenditure”, que compreende a quantidade de recursos financeiros alocados para a compra de bens de capital de uma determinada companhia, com o objetivo de manter ou até expandir o escopo das suas operações.
Capital: recurso financeiro expresso em moeda corrente. Empresas de capital aberto permitem que o público compre ações por meio do mercado de capitais. O capital de giro equivale ao dinheiro que a empresa coloca em movimento.
Circuit-Breaker: mecanismo automatizado que interrompe os negócios nas Bolsas de Valores sempre que os índices de referência sobem ou descem abruptamente em níveis elevados (por exemplo, 10%).
Cotação: preço da ação determinado pelas forças do mercado.
Crash: situação de desvalorização geral e acentuada das ações, responsável pela quebra de vários agentes especuladores ou investidores.
Day Trade: operação especulativa de compra e venda de ativo listado na Bolsa, realizada na mesma data.
Debênture: título emitido por empresas para captar recursos no mercado de capitais, com prazos e créditos determinados, sem que seus detentores se configurem como sócios delas.
Desdobramento (split): evento contábil no qual a empresa, afim de aumentar a liquidez dos papéis, multiplica a quantidade de ações por um fator e divide o valor da cotação pelo mesmo, sem alterar o valor total de mercado. Fenômeno oposto ao grupamento (inplit).
Dívida Bruta/Patrimônio Líquido: indicador fundamentalista que expressa o grau de alavancagem (endividamento) de uma empresa.
Dividendo: parte dos lucros auferidos pelas empresas que será repartida com seus acionistas proporcionalmente à quantidade de ações que possuem.
Dividend Yield: indicador fundamentalista que representa em porcentagem a remuneração da ação dividida pela sua cotação, no prazo de 365 dias anteriores à cotação da ação. Por exemplo: no último ano a empresa distribuiu, entre dividendos e JCP, R$ 0,10 por ação. Se a ação está cotada em R$ 1,00, o Dividend Yield equivale a 10%.
DRE: sigla para “Demonstração do Resultado do Exercício”, documento que informa, em relação a determinado período, se uma companhia obteve lucro ou prejuízo.
EBITDA: sigla em inglês para “Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortizations”, que, na sua tradução literal, significa Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização. Tal indicador fundamentalista também pode ser chamado de LAJIDA.
ETF: sigla para “Exchange Traded Funds”, que em português soaria como FNB ou “Fundos Negociados em Bolsa”. Tais fundos relacionados aos índices, como o Ibovespa, são negociados como ações. FIIs: sigla para “Fundos de Investimento Imobiliário”.
Fluxo de caixa: valor financeiro líquido de capital e seus equivalentes monetários que são transacionados – entrada e saída – por um negócio em um determinado período de tempo.
Futuro: tipo de negociação com prazos e condições pré-determinados, visando à garantia de preços mínimos e protegidos da volatilidade do mercado.
Grupamento (inplit): evento contábil no qual a empresa, afim de minimizar a volatilidade de papéis com valor baixo, divide a quantidade de ações por um fator e multiplica o valor da cotação pelo mesmo, sem alterar o valor total de mercado. Fenômeno oposto ao desdobramento (split).
Hedge: operação financeira que busca a mitigação de riscos relacionados com as variações excessivas de preços dos ativos disponíveis no mercado.
JCP (JSCP): sigla para “Juros Sobre Capital Próprio” – uma forma alternativa aos dividendos para as empresas remunerarem seus acionistas, com retenção de impostos na fonte, reduzindo a carga tributária das empresas de forma legal.
Joint-venture: aliança entre empresas com vistas a empreendimentos ou projetos específicos de grande porte.
Liquidez corrente: indicador fundamentalista que expressa a relação entre o ativo circulante e o passivo circulante, demonstrando a capacidade da empresa de honrar compromissos no curto prazo.
Long & Short: estratégia na qual o investidor mantém, simultaneamente, uma posição comprada em um papel e uma posição vendida em outro, com o objetivo de lucrar com a diferença na variação de preços entre os dois ativos, que precisam ser relacionados. O termo também pode ser compreendido como uma operação de arbitragem.
Lote: no mercado financeiro brasileiro, o lote equivale a 100 ações como quantidade mínima ideal para compra e venda na Bolsa. Quando um lote é quebrado, as ações são negociadas no mercado fracionário, caso em que algumas corretoras de valores cobram taxas diferenciadas.
LPA: indicador fundamentalista que expressa o Lucro Por Ação. Margem bruta: indicador fundamentalista que expressa o lucro bruto dividido pela receita líquida.
Margem líquida: indicador fundamentalista que expressa a relação entre o lucro líquido e a receita líquida. Minoritários: investidores que adquirem ações em quantidades relativamente baixas, que impedem a sua participação na gestão das empresas.
Opção (OPC ou OTC): tipo de negociação que garante direito futuro de opção de compra ou de venda com preço pré-determinado.
Ordem: determinação de compra ou venda de ativo no mercado de capitais, que o aplicador comunica à sua corretora de valores para execução.
P/Ativos: indicador fundamentalista que expressa a relação entre o Preço da ação e os Ativos totais por ação.
P/Capital de Giro: indicador fundamentalista que expressa a relação entre o Preço da ação e o Capital de Giro por ação, que por sua vez significa a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante da empresa.
P/VP: indicador fundamentalista que expressa a relação entre o Preço da ação e o Valor Patrimonial da ação.
Papel: equivalente a ação (termo que fazia mais sentido quando as ações eram impressas e entregues ao portador).
Passivos: componentes contábeis das empresas, que representam seus compromissos, obrigações, dívidas e despesas circulantes e não circulantes, como salários de funcionários, empréstimos, tributos, dívidas com fornecedores.
Patrimônio líquido: valor financeiro resultante da diferença entre os ativos e os passivos de uma empresa.
Payout: porcentagem do lucro líquido distribuído, na forma de dividendos ou juros sobre capital próprio, aos acionistas da empresa. PL (P/L): indicador fundamentalista para a relação entre Preço e Lucro, representando a cotação da ação no mercado dividida pelo seu lucro por ação.
Posição: situação do acionista em determinada empresa, fundo imobiliário ou ativo correlato. Quando um investidor zera a sua posição numa empresa ou num fundo imobiliário, por exemplo, significa que ele vendeu todas as suas ações ou cotas.
Pregão: período de negociações na Bolsa de Valores com negócios realizados eletronicamente. Antigamente, os pregões eram presenciais.
PSR: indicador fundamentalista cuja sigla em inglês indica “Price Sales Ratio” e equivale ao preço da ação dividido pela receita líquida por ação.
Realizar lucros: vender ações para converter as valorizações em capital disponível para outros fins. Release: é um comunicado emitido pelas empresas, para dar destaque a informações não financeiras importantes para o melhor entendimento das demonstrações financeiras. Não é um documento de divulgação obrigatória.
Resistência: valor historicamente mais alto atingido pela cotação de determinada ação.
ROE: sigla em inglês para “Return On Equity”. Também é conhecido no Brasil como “RPL”, ou seja, “Retorno sobre o Patrimônio Líquido”. Essa métrica indica o quanto uma empresa é rentável, mostrando o lucro líquido dividido pelo seu patrimônio líquido.
ROIC: sigla em inglês para “Return On Invested Capital”, que em português significa “Retorno Sobre o Capital Investido”, ou seja, o capital próprio da empresa somado ao capital de terceiros.
SA (S/A): sigla para “Sociedade Anônima”, comum nas razões sociais das empresas de capital aberto.
Short Selling: venda a descoberto. Estratégia de especulação conduzida por quem aluga um ativo ou derivativo para vender no mercado, na expectativa de queda das cotações para recompra futura com lucro.
Small Caps: empresas de porte menor se comparadas com as Blue Chips, com baixo volume diário de negociações e pouca liquidez no mercado.
Stop Loss: ordem de venda automatizada de uma ação, pré-determinada pelo aplicador junto à corretora de valores, para evitar perdas com quedas excessivas das cotações.
Stop Gain: ordem de venda automatizada de uma ação, pré-determinada pelo aplicador junto à corretora de valores, para realizar lucros. Subscrição: situação que ocorre quando as empresas oferecem novas ações preferencialmente para seus acionistas. O mesmo se aplica aos fundos imobiliários em relação aos seus cotistas.
Swing Trade: operação especulativa de compra e venda de ativo listado na Bolsa, realizada em prazos curtos, que variam de três dias até algumas semanas.
Tag Along: mecanismo de proteção concedido aos acionistas minoritários por um empreendimento que possui suas ações negociadas na Bolsa de Valores, caso ocorra um processo de venda do controle para terceiros, por parte dos acionistas majoritários.
Termo: tipo de negócio realizado com pagamento a prazo.
Ticker: código pelo qual os ativos são negociados em Bolsas de Valores. Por exemplo, TIET3 é o código da ação ordinária da Geradora Tietê. TIET4 é o código da ação preferencial da mesma empresa e TIET11 é o código das suas Units. Já o BDR do Google usa o código GOOG35.
Underwrite: ato do investidor de subscrever ações ofertadas pelas empresas.
Units: ativos compostos por mais de uma classe de valores mobiliários, como, por exemplo, um conjunto de ações ordinárias e preferenciais.
Upside: É o potencial de valorização de uma ação.
Valuation: conjunto de ponderações técnicas e subjetivas para avaliar uma empresa ou fundo imobiliário, visando encontrar o valor justo de suas ações ou cotas, bem como seu potencial de retorno para investidores.
VPA: indicador fundamentalista que expressa o Valor Patrimonial por Ação, ou seja: o valor do patrimônio líquido dividido pelo número total de ações.