Abrace seu filho
O autor do livro propõe uma criação mais afetiva, mais participativa e empática com os filhos. Vários conceitos de uma relação saudável entre pais e filhos podem ser expandidos para relações entre adultos.
Parte I
Os filhos nascem, os pais se transformam - A jornada da mudança é muito mais importante do que uma foto tirada de você em determinado momento de sua vida. Somos capazes de mudar para melhor e nossos filhos podem nos ajudar nesse processo.
Criação com afeto - Os vínculos criados entre pais e filhos viram um modelo padrão para o bebê, e ele tende a replicar essa forma de se relacionar com outras pessoas até a vida adulta. Quanto mais nós respondemos de forma consciente às necessidades de nossos filhos, mais eles se sentem seguros no mundo e, consequentemente, mais confiam em nós.
Pedir desculpas - Não devemos obrigar a criança a pedir desculpas, porque ela pedirá para fugir da punição. Quando na verdade ela precisa entender o motivo e se arrepender realmente.
As cobranças da sociedade - A sociedade cobra as crianças a compartilhar os brinquedos, porém, existe uma grande diferença entre ensiná-los sobre a importância de dividir as coisas e simplesmente forçá-los a emprestar. Forçar pode levar a criança a ter dificuldade de dizer "não" no futuro quando precisar realmente.
Fazendo as pazes com o passado - As vezes somos confrontados sobre a criação que tivemos e a que estamos dando para nossos filhos. Muitas vezes agimos ou não de algumas formas porque fomos criados assim. Mas, temos que saber que não fazemos nem melhor ou pior, estamos fazendo diferente, dando o nosso melhor, assim como nossos pais fizeram.
Parte II
Seu filho só precisa de uma coisa: você - O vínculo entre pais e filhos precisa ser nutrido, ele não existe pelo simples fato de serem pais e filhos.
Abraço que cura - Abraço/toque físico não é sinal de fraqueza. É algo poderoso que ajuda a fortalecer o vínculo.
Ouvir o choro de verdade - O choro dos bebês não é algo ruim, mas uma maneira de se comunicar. Quando mais respondemos ao choro, o bebê fixa as imagens mentais, que fazem com que ele se sinta seguro no mundo e no vínculo com os pais.
A hora do sono - Os bebês tem ciclos de sono menores e portanto acordam mais. A cama compartilhada é um meio de aproximar os pais do bebe e facilita na hora que o bebe acorda no meio da noite, mas é uma escolha de cada família.
Sling, um pano para toda obra - Com esse pano é possível prender o bebê bem próximo ao peito e deixar as nossas mãos livres.
Cuidados (com os filhos e com a casa) - Os adultos ensinam às crianças de 3 formas: por exemplo, por exemplo e por exemplo. Por isso, precisamos mostrar como cuidamos deles e das coisas ao nosso redor.
Dialogo como forma de educação - Por acharmos que nossos filhos são crianças não temos diálogos profundos com eles, mas precisamos ter e também mostrar que erramos e pedir desculpas por nossos erros.
Falar sobre sentimentos - Sentimentos são normais, temos que tratá-los com naturalidade para que nossos filhos aprendam a lidar com eles.
Parte III
Transformando raiva em amor - Devemos deixar claro que amamos nossos filhos mesmo em momentos de raiva.
Punir - Não existe lógica em fazer com que nossos filhos se sintam mal para se tornarem pessoas melhores. Disciplinar é ensinar e não punir. Precisamos ser didáticos, explicar as coisas e usar de combinados pode ser bem melhor que punir.
Castigar - Sentimentos comuns em uma criança quando fica de castigo: vingança, furtividade, injustiça e ressentimento. Castigos tem efeitos de curto prazo mas a longo prazo pode passar a visão que só amamos eles e queremos eles por perto quando fazem o que queremos. O cantinho do castigo/pensamento leva a criança a associar pensamento a uma coisa ruim. Ao invés do cantinho do castigo/pensamento que tal criar o cantinho do relaxamento e convidar a criança a usá-lo quando precisar se acalmar. Até nós adultos precisamos desse cantinho.
Recompensar - Temos que estimular motivações genuinas em nossos filhos e não basear suas ações na lógica da recompensa. É importante deixar claro que o que os filhos ganham não está atrelado ao comportamento deles. As recompensas e barganhas servem no curto prazo, mas sempre aumentam e falham no longo prazo.
Rotular - A busca dos filhos pelo amor dos pais é constante, e isso frequentemente faz com que eles se limitem a ser apenas como nós os rotulamos. Os rótulos podem ser positivos ou negativos. Precisamos libertar nossos filhos - e nós mesmos - dos rótulos.
Dar palmadas - Na maioria das vezes que você pensar que seu filho merece uma palmada, tente dar uma abraço primeiro. Depois, converse e acolha seus sentimentos. Garanto que você terá respostas muito melhores no longo prazo.
Mudar - Quando a gente muda para melhor as pessoas a nossa volta também mudam. Isso beneficia principalmente nossos filhos.
Parte IV
A vida real - Uma das maneiras mais poderosas de construir um vínculo forte é a empatia. Ninguém é perfeito, vamos errar, mas precisamos tentar. Nós só podemos oferecer aquilo que temos.
Grito - Ao olharmos para nós mesmos, conseguimos concluir que não merecemos que gritem conosco. Portanto, a mesma regra deve ser aplicada aos nossos filhos.
Os medos do futuro - Podemos achar que ao criar nossos filhos com afeto, não estamos preparando eles para o mundo cruel. Mas é justamente o contrário. Só temos medo porque não sabemos lidar com os sentimentos que estão dentro de nós. Por isso, se criamos nossos filhos com afeto e sabendo lidar com seus sentimentos, eles terão inteligência emocional para viverem no mundo cruel.
Olhando para nós mesmos - A transformação só acontece quando nós buscamos por ela. A porta só abre por dentro. Devemos respirar primeiro, entrar em contato com nossos sentimentos, reconquistar o autocontrole das nossas emoções para, então, conversarmos com nossos filhos.